Sumário
- 1 Quais são os principais problemas de controle e manipulação enfrentados no jogo do poder em uma relação amorosa?
- 2 Como identificar e lidar com pessoas que tentam controlar e manipular os outros e fazem isso também no casamento?
- 3 Quais estratégias podem ser utilizadas para evitar a manipulação em relacionamentos pessoais e no amor?
- 4 Quais habilidades são necessárias para resistir à manipulação dentro do namoro e do casamento?
- 5 Como desenvolver resiliência emocional para enfrentar os desafios do jogo do poder quando se é casado há mais de dez anos?
O amor é um sentimento nobre que envolve respeito, confiança, cumplicidade e liberdade. No entanto, nem todos os relacionamentos amorosos são saudáveis e felizes. Muitas vezes, o amor se transforma em: o jogo do poder, onde uma das partes tenta controlar e manipular a outra, usando de chantagem emocional, ameaças, mentiras, culpa e outras formas de violência psicológica.
Esses problemas de controle e manipulação podem causar sérios danos à saúde mental e emocional das vítimas, que se sentem presas e confusas, inseguras e ansiosas, depressivas e com baixa autoestima. Além disso, esses problemas podem afetar outras áreas da vida das vítimas, como o trabalho e os estudos, as amizades e a família.
Mas como identificar e superar esses problemas de controle e manipulação no relacionamento amoroso? Quais são as estratégias e habilidades necessárias para evitar a manipulação em relacionamentos pessoais e no amor? Como desenvolver resiliência emocional para enfrentar os desafios do jogo do poder quando se é casado há mais de dez anos?
Neste artigo, vamos responder a essas perguntas com base em pesquisas científicas, depoimentos de especialistas e casos reais. Vamos também oferecer algumas dicas práticas para quem deseja sair de um relacionamento abusivo, tóxico, e ajudar alguém que esteja nessa situação.
Quais são os principais problemas de controle e manipulação enfrentados no jogo do poder em uma relação amorosa?
Segundo a psicóloga Susan Forward, autora do livro “Chantagem Emocional: Quando as Pessoas ao Seu Redor Usam o Medo, a Obrigação e a Culpa para Manipular Você”, a chantagem emocional é uma forma poderosa de manipulação em que as pessoas próximas a nós, nos ameaçam nos punir, direta ou indiretamente se não fizermos o que elas querem.
A especialista explica que os chantagistas emocionais sabem o quanto valorizamos nosso relacionamento com eles e usam esse conhecimento íntimo para ganhar nossa conformidade. Eles podem ser nossos pais ou parceiros, chefes ou colegas de trabalho, amigos ou amantes.
A chantagem emocional pode se manifestar de diferentes formas, mas todas elas têm em comum o uso do medo, da obrigação e da culpa para influenciar nossas emoções e comportamentos. Forward identifica quatro tipos de chantagem emocional:
- Ameaça de punição: é o tipo mais evidente, pois o chantagista deixa claro que é capaz de prejudicar a vítima, caso ela não ceder às suas vontades. A punição pode envolver um dano material, algo físico ou afetivo. Mas também pode se anunciar por meio de tratamento silencioso ou comportamento agressivo, quando a vítima não faz exatamente o que o manipulador deseja.
- Ameaça de autoagressão: neste caso, o chantagista ameaça se machucar ou até se matar, se a vítima não fizer o que ele quer. Esse tipo de chantagem gera um grande sentimento de culpa e responsabilidade na vítima, que se sente obrigada a ceder para evitar uma tragédia.
- Ameaça de vitimização: o manipulador se faz de coitado e usa a pena para conseguir o que quer. Ele se apresenta como uma pessoa frágil, sofrida, injustiçada e dependente da vítima, que se sente na obrigação de ajudar e proteger essa pessoa.
- Ameaça de sedução: isso acontece quando uma pessoa usa elogios, promessas, recompensas e demonstrações de afeto para persuadir a vítima a fazer o que ele quer. Ele se mostra como uma pessoa generosa, carinhosa, atenciosa e compreensiva, que merece a gratidão e a lealdade da vítima.
Esses tipos de chantagem emocional podem ocorrer isoladamente ou em combinação, dependendo da personalidade e da situação do chantagista. Em geral, eles seguem um padrão que envolve as seguintes etapas:
- Demanda: o chantagista expressa o que quer da vítima, seja diretamente, por meio de insinuações ou indiretas.
- Resistência: a vítima resiste à demanda do chantagista, seja por não concordar com ela, por ter outras prioridades ou interesses.
- Pressão: quem manipula aumenta a pressão sobre a outra pessoa, usando as ameaças de punição e autoagressão, vitimização ou até de sedução para fazer tal pessoa mudar de ideia.
- Conformidade: quem sofre com isso cede à pressão do chantagista, fazendo o que ele quer para evitar as consequências negativas ou para receber recompensas positivas.
- Repetição: o manipulador percebe que sua estratégia funcionou e passa a usar isso sempre que quiser algo da outra pessoa, criando um ciclo vicioso de manipulação dentro da relação.
Como identificar e lidar com pessoas que tentam controlar e manipular os outros e fazem isso também no casamento?
Identificar pessoas que tentam controlar e manipular os outros nem sempre é fácil, pois elas podem ser muito sutis e dissimuladas em suas atitudes. Além disso, elas costumam usar técnicas de gaslighting, que consistem em distorcer a realidade e fazer a vítima duvidar de sua própria percepção, memória e sanidade.
No entanto, existem alguns sinais que podem indicar que alguém está tentando controlar e manipular os outros, especialmente no casamento. Se você passa por isso ou conhece alguém que esteja passando por algo semelhante, confirme essa situação com os seguintes sinais:
- O manipulador não respeita a individualidade da outra pessoa e quer decidir tudo por si só, desde as roupas que a outra pessoa vai usar até os amigos que ela pode ter.
- A pessoa manipuladora não confia no outro e vive checando seu celular, suas redes sociais, seus e-mails e seus pertences pessoais.
- O chantagista não admite seus erros e sempre culpa a outra pessoa por tudo que dá errado na relação ou na vida.
- Quem controla não aceita críticas ou opiniões diferentes das suas e reage com raiva, ironia ou desprezo quando é contrariada(o).
- Um manipulador/controlador não demonstra empatia pelo outro e ignora seus sentimentos, necessidades e desejos.
- Quem controla também não valoriza o outro e vive fazendo comentários depreciativos sobre sua aparência, sua inteligência, seu trabalho ou sua família.
- A pessoa controladora não apoia o outro em seus projetos e sonhos e tenta sabotar seu crescimento pessoal e profissional.
- Não respeita os limites do outro e faz exigências excessivas ou invasivas sobre seu tempo, sua atenção, seu dinheiro ou sua intimidade.
- É alguém com desequilíbrio emocional e muda de humor repentinamente, passando de carinhoso a hostil, de alegre a triste, de calmo a nervoso.
- Existe uma grande falta de consistência em suas atitudes, pois promete uma coisa e faz outra, elogia e depois critica, se desculpa e depois ofende.
- A pessoa controladora não tem compromisso com a relação e mente, trai, omite ou esconde informações importantes do outro.
Se você reconhece alguns desses sinais em seu parceiro ou parceira, é provável que você esteja sendo vítima de controle e manipulação no casamento. Mas como lidar com essa situação? Para lidar com isso, a Casa Espiritual Henri Fesa trouxe algumas dicas importantes, veja quais:
- Reconheça o problema: o primeiro passo é admitir que você está em um relacionamento abusivo ou tóxico e que isso está prejudicando sua saúde mental e emocional. Não se culpe nem se justifique pelo comportamento da outra pessoa na relação, seja namoro ou casamento.
- Busque ajuda: o segundo passo é procurar ajuda profissional, seja de um psicólogo, um terapeuta, um advogado ou um assistente social. Esses profissionais podem te orientar sobre como lidar com o problema, como se proteger dos abusos, como se fortalecer emocionalmente e como sair da relação, se for o caso. Além disso, busque apoio de familiares, amigos, grupos de autoajuda ou organizações especializadas em casos de violência doméstica. Uma dica infalível é buscar Ajuda Espiritual Especializada.
- Estabeleça limites: outro passo importante é definir limites claros e firmes para o relacionamento. Diga ao outro o que você aceita e o que você não aceita em termos de comportamento, comunicação e convivência. Não ceda às pressões, chantagens ou ameaças da outra pessoa.
- Se cuide: cuidar da sua saúde física, mental e emocional é mais um passo fundamental neste ínterim. Pratique atividades que te façam bem, como exercícios físicos, atividades de lazer, meditação ou leitura. Se alimente bem, durma bem e viva bem. Expresse seus sentimentos, seja por meio de um diário, uma arte ou uma conversa.
Quais estratégias podem ser utilizadas para evitar a manipulação em relacionamentos pessoais e no amor?
Evitar a manipulação em relacionamentos pessoais e no amor é possível, mas requer atenção, cuidado e prevenção. Você consegue colocar algumas estratégias ótimas em prática da seguinte forma:
- Escolha bem seu parceiro ou parceira: antes de se envolver em um relacionamento amoroso, observe bem a pessoa com quem você pretende se relacionar. Veja como ela trata as outras pessoas, como ela reage às situações adversas, como ela lida com as diferenças e os conflitos. Busque alguém que seja compatível com você em termos de personalidade, interesses e expectativas.
- Se comunique claramente: a comunicação é essencial para qualquer relacionamento saudável e feliz. Portanto, se comunique claramente com seu parceiro ou parceira sobre seus sentimentos e pensamentos, desejos e necessidades. Seja honesto, sincero e transparente. Não esconda nada importante da outra pessoa.
- Negocie e ceda: em um relacionamento amoroso, nem sempre é possível concordar com tudo ou fazer tudo do seu jeito. Às vezes, é preciso negociar e ceder para manter a harmonia e a satisfação da relação. Por isso, seja flexível, compreensivo e cooperativo. Não seja egoísta, teimoso ou autoritário.
- Preserve sua individualidade: na relação, é importante preservar sua individualidade e sua autonomia. Não abandone seus projetos, seus sonhos, seus passatempos ou seus amigos por outra pessoa. Você não depende do outro para ser feliz ou para se sentir completo. Não permita que a outra pessoa na relação controle ou limite sua vida.
Quais habilidades são necessárias para resistir à manipulação dentro do namoro e do casamento?
Resistir à manipulação dentro do namoro e do casamento é uma questão de habilidade e de vontade. Mas, saiba que isso pode ser feito por você, caso esteja passando por isso. Então, para te ajudar com isso, veja algumas habilidades que podem te fazer superar tal situação ou nem entrar nela:
- Assertividade: é a habilidade de expressar seus sentimentos e pensamentos, desejos e necessidades de forma clara, direta e respeitosa, sem agredir nem se submeter ao outro. Ser assertivo significa defender seus direitos, dizer não quando necessário, pedir o que quer, recusar o que não quer, elogiar o que gosta, criticar o que não gosta, reconhecer seus erros, pedir desculpas quando errar, saber quando acerta e quando erra.
- Autoestima: é gostar de si própria(o), de se valorizar, de se respeitar e de se confiar. Ter autoestima significa reconhecer suas qualidades, seus talentos, suas virtudes e seus potenciais. Significa também aceitar suas limitações, seus defeitos, suas falhas e seus desafios. Ter autoestima significa não se comparar nem se inferiorizar aos outros. Significa também não se deixar influenciar nem manipular pelos outros.
- Empatia: acontece ao se colocar no lugar da outra pessoa, de compreender seus sentimentos, sua forma de pensar, de sentir desejos e necessidades, sem julgar nem criticar. Ser empático significa respeitar as diferenças, as opiniões e as escolhas de quem está ao seu lado. Significa também apoiar, ajudar e confortar o outro quando ele precisa. Ser empático significa não ser egoísta, indiferente ou insensível aos outros. Significa também não ser ingênuo, crédulo ou vulnerável na relação.
- Inteligência emocional: essa é capacidade de reconhecer, compreender e gerenciar suas próprias emoções e as emoções dos outros. Ter inteligência emocional significa saber lidar com as situações adversas, os conflitos interpessoais, as frustrações e as decepções da vida. Significa também saber aproveitar as oportunidades, os relacionamentos positivos, as conquistas e as alegrias da vida.
Como desenvolver resiliência emocional para enfrentar os desafios do jogo do poder quando se é casado há mais de dez anos?
Desenvolver resiliência emocional para enfrentar os desafios do jogo do poder quando se é casado há mais de dez anos é uma questão de atitude e de escolha. A resiliência emocional é a capacidade de se adaptar positivamente às adversidades, aos traumas, às crises e às mudanças da vida. Algumas atitudes que podem favorecer o desenvolvimento da resiliência emocional, podem ser colocadas em prática da seguinte forma:
- Sabendo aceitar a realidade: é a atitude de reconhecer e aceitar as situações que não podem ser mudadas ou controladas, sem negar, fugir ou se vitimizar. Aceitar a realidade significa entender que a vida é feita de altos e baixos, de ganhos e perdas, de sucessos e fracassos. Significa também saber que nem tudo depende de nós e que há fatores externos que influenciam nossos resultados. Aceitar a realidade significa não se apegar ao passado nem se iludir com o futuro, mas viver o presente com consciência e responsabilidade.
- Aprender com as experiências: acontece ao extrair lições e aprendizados das situações difíceis ou dolorosas que vivemos, sem se culpar, se lamentar ou se arrepender. Aprender com as experiências significa transformar os problemas em oportunidades, os erros em acertos, as fraquezas em forças. Significa também saber reconhecer nossos pontos fortes e fracos, nossas qualidades e defeitos, nossas virtudes e vícios. Aprender com as experiências significa não repetir os mesmos padrões de comportamento nem cometer os mesmos equívocos, mas buscar novas formas de agir e pensar.
- Buscar soluções: enfrentar os desafios e as dificuldades com criatividade, proatividade e determinação, sem se paralisar, se desesperar ou se resignar, é o mesmo que buscar soluções. Saiba que buscar soluções também conta com as atitudes de analisar a situação com objetividade, racionalidade e senso crítico. Significa também definir metas, planejar ações, executar tarefas e avaliar resultados. Uma definição ótima disso é não esperar que os outros resolvam nossos problemas nem que as coisas se resolvam por si só, mas tomar as rédeas da nossa vida e fazer acontecer.
- Cultivar o otimismo: trata-se de ter uma visão positiva da vida, das pessoas e de quem você é, sem ser ingênuo, irrealista ou fantasioso. Cultivar o otimismo significa esperar o melhor, mas estar preparado para o pior. Significa também valorizar o que temos, mas aspirar por mais.
- Tenha senso de humor: é a atitude de rir das coisas que acontecem com você, dos outros e das situações, sem ser ofensivo, sarcástico ou malicioso. Desenvolver o senso de humor significa usar o riso como uma forma de aliviar a tensão, o estresse e a ansiedade. Significa também usar o humor como uma forma de aproximar as pessoas, criar laços afetivos e gerar empatia. Desenvolver o senso de humor significa não levar tudo tão a sério nem se levar tão a sério, mas saber relativizar as coisas e ver o lado bom da vida.
Essas são algumas das estratégias e habilidades que podem ajudar você a evitar ou superar os problemas de controle e manipulação no relacionamento amoroso. Lembre-se que você merece ser feliz e respeitada(o) em sua relação e que você tem o poder de escolher como quer viver sua vida.
Saiba também que a Casa Espiritual Henri Fesa é uma Casa Espiritual Online pronta para te atender e te ajudar com qualquer problema que você esteja enfrentando em seu relacionamento.